O verão 2026 chegou com cores vibrantes, tecidos tecnológicos e muito conceito nas passarelas — mas algo essencial ficou de fora: a sensibilidade feminina. Em meio a coleções grandiosas e direções criativas cheias de ego, o que se viu foi uma moda que fala sobre as mulheres, mas raramente com elas.
Quando o brilho das passarelas não reflete a realidade
O desfile de cada marca parecia um grito por inovação — mas, em muitos casos, faltou emoção. A maioria das grandes casas de moda apresentou coleções assinadas por homens, com olhares que priorizaram o impacto visual, mas esqueceram o conforto, a delicadeza e o desejo real de quem veste.
As mulheres surgiram como moldes de conceito, e não como inspirações vivas.
A ausência de um olhar que abraça
A presença feminina no design vai além de criar roupas “para mulheres” — ela traduz experiências, emoções e histórias que só quem vive pode compreender. Quando essa perspectiva desaparece, o resultado é uma moda fria, distante e, muitas vezes, incapaz de dialogar com o público que a consagrou.
O luxo sem sentimento
As coleções do verão 2026 mostram que a indústria de luxo enfrenta um dilema: crescer em escala, mas perder o toque humano. Sem o olhar feminino, a roupa deixa de ser extensão da personalidade e vira apenas uma obra para ser admirada, não vivida.
E o luxo, sem emoção, se transforma em frieza disfarçada de glamour.
Um novo caminho é possível
Talvez a próxima revolução da moda não venha de tecidos tecnológicos, mas de ouvir mais mulheres — estilistas, modelos, consumidoras e criadoras. Porque a verdadeira elegância está em vestir autenticidade, não tendência.
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